Juazeiro é a terceira cidade mais violenta do Brasil, segundo dados do Anuário de Segurança Pública

Juazeiro é a terceira cidade mais violenta do Brasil, segundo dados do Anuário de Segurança Pública
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Foto: Ilustração | 

Com uma taxa de 79,9 mortes violentas intencionais por 100 mil habitantes, Maranguape (CE) lidera o ranking das cidades com mais de 100 mil habitantes mais violentas do Brasil em 2024, segundo dados do Anuário de Segurança, divulgados nesta quinta-feira (24) pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP).
A vice-liderança do ranking ficou com Jequié (BA), que teve uma taxa de 77,6. Em seguida vêm Juazeiro (BA), Camaçari (BA) e Cabo de Santo Agostinho (PE). De acordo com o levantamento, as dez cidades mais violentas do país sofrem com disputas de facções pelo controle do tráfico de drogas. A Bahia concentra cinco das dez cidades mais violentas.

A cidade de Santana (AP), que liderava o ranking em 2023, caiu para o 18º lugar em 2024 após uma queda na taxa de violência, de 92,9 para 54,1 mortes por 100 mil habitantes. A maioria das cidades mais violentas também era da Bahia; seis entre as dez primeiras.

Segundo o documento do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, os dados revelam a persistência “de bolsões de extrema violência”. “Sobretudo em cidades do Nordeste, onde disputas entre facções criminosas continuam produzindo taxas alarmantes de homicídios”, diz o Anuário.

A taxa de Mortes Violentas Intencionais considera homicídios dolosos, latrocínios, lesões corporais seguidas de morte e mortes decorrentes de intervenção policial.

Infográfico – Ranking de cidades mais violentas do Brasil em 2024. — Foto: Arte/g1

Ranking da violência nos estados em 2024

O Amapá lidera o ranking de estados mais violentos do Brasil em 2024, com uma taxa de 45,1 mortes. Na sequência aparecem Bahia (40,6) e Ceará (37,5).

Apesar da posição no topo, o Amapá apresentou queda de 30,6% na taxa em relação a 2023, quando também ocupava a primeira colocação, com 64,9 mortes por 100 mil. Já São Paulo teve o menor índice de violência letal do país: 8,2 por 100 mil.

Infográfico -Ranking da violência nos estados em 2024 — Foto: Arte/g1



Imagem de um carro metralhado em rodovia de MS. — Foto: Polícia Civil/Divulgação

Outros destaques do Anuário:

  • Feminicídios e mortes de crianças crescem no Brasil em meio a queda de assassinatos;
  • 1 em cada 5 medidas protetivas com urgência concedidas pela Justiça brasileira foram descumpridas pelos agressores em 2024;
  • registros de roubos e furtos de celulares caíram 12,6%, mas o número de aparelhos tomados das pessoas supera 917 mil. Quinta e sexta são dias com mais roubos de celulares no país;
  • dos aparelhos roubados, as polícias brasileiras recuperaram 1 em cada 12 ao longo do ano passado. A quantidade representa 8% dos 917 mil aparelhos levados;
  • as 10 cidades mais violentas do Brasil estão concentradas no Nordeste, metade delas na Bahia. Segundo o estudo, os municípios sofrem com disputas de facções pelo controle do tráfico de drogas. Veja a lista;
  • o investimento dos governos federal, estaduais e municipais em segurança pública cresceu 6% e chegou a R$ 153 bilhões em 2024; as cidades investiram 60% mais do que em 2021;
  • os registros de novas armas caíram 79% de 2022, último ano do governo Jair Bolsonaro (PL), para 2024, já no governo Lula (PT). A fabricação de armas no país caiu 92,3% de 2021 a 2024;
  • o total de pessoas presas cresceu 6% no Brasil em 2024 e chegou a 909.594. No entanto, há déficit de vagas, que supera 237 mil em todo país. Há, ainda, 13% da população carcerária que cumprem pena com tornozeleira eletrônica em prisão domiciliar;
  • os estados de RN e SC lideram as interrupções de aulas por conta de violência no entorno das escolas ou creches públicas, como ataques e toques de recolher; RJ é o 3º;
  • há crescimento nos casos de bullying e cyberbullying. Vítimas de bullying são, majoritariamente crianças partir de 10 anos (47%) e, no cyberbullying, adolescentes de 14 e 17 anos (58%).

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