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O Supremo Tribunal Federal (STF) aceitou a acusação contra 21 pessoas suspeitas de participar de um plano golpista em 2022 para tentar manter Jair Bolsonaro (PL) como presidente do Brasil.
Até agora, houve três julgamentos sobre o caso. O mais recente aconteceu nesta terça-feira (6), quando um grupo de ministros do STF analisou o papel das pessoas que supostamente planejavam atacar instituições importantes, autoridades e o sistema eleitoral.
Antes disso, já tinham sido julgados o núcleo principal desse suposto golpe, que inclui Bolsonaro, e outro grupo de ex-membros do governo dele, acusados de coordenar ações ligadas ao plano golpista.
Todos os envolvidos viraram réus por decisão unânime do STF. Apenas o ministro Luiz Fux discordou de um ponto técnico: ele acredita que esses casos não deveriam ser julgados na Primeira Turma do STF, mas sim enviados para instâncias inferiores ou para o plenário completo da corte.
No julgamento desta terça, o ministro Alexandre de Moraes explicou que, nessa fase inicial, o STF só verifica se existem indícios mínimos de que as pessoas denunciadas podem estar envolvidas no caso. Agora que a acusação foi aceita, o Ministério Público vai precisar apresentar provas concretas para sustentar as suspeitas.
As defesas dos acusados negam qualquer participação no suposto golpe e argumentam que a Procuradoria-Geral da República (PGR) não tem provas suficientes para justificar as acusações.
Veja a lista dos acusados tornados réus pela trama golpista:
Núcleo central
Jair Bolsonaro, ex-presidente da República
Alexandre Ramagem, deputado federal e ex-chefe da Abin
Almir Garnier, ex-comandante da Marinha
Anderson Torres, ex-ministro da Justiça
Augusto Heleno, ex-ministro do GSI
Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro
Paulo Sérgio Nogueira, ex-ministro da Defesa
Walter Braga Netto, ex-ministro da Casa Civil e da Defesa
Núcleo de gerenciamento de ações
Fernando de Sousa Oliveira, ex-diretor de Operações do Ministério da Justiça
Filipe Martins, ex-assessor Internacional da Presidência da República
Marcelo Câmara, ex-assessor especial da Presidência da República
Silvinei Vasques, ex-diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal
Mário Fernandes, general da reserva e ex-secretário-executivo da Secretaria-Geral da Presidência
Marília Ferreira de Alencar, ex-diretora da Inteligência do Ministério da Justiça
Núcleo de operações estratégicas de desinformação
Ailton Barros, capitão expulso do Exército
Ângelo Denicoli, major da reserva do Exército
Giancarlo Gomes Rodrigues, sargento do Exército
Guilherme Marques de Almeida, tenente-coronel do Exército
Reginaldo Vieira de Abreu, coronel do Exército
Marcelo Bormevet, policial federal
Carlos Cesar Rocha, presidente do Instituto Voto Legal