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O comandante do Comando de Policiamento Regional Norte (CPR-N), coronel PM Wildon Teixeira dos Reis, fez um balanço das ações da Polícia Militar na região e comentou dados recentes sobre violência no Brasil. O oficial abordou a atuação do efetivo policial, defendeu os resultados obtidos na segurança pública do norte baiano e criticou parâmetros utilizados para obter dados para pesquisas do Anuário Brasileiro de Segurança Pública de 2024, produzido pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública, que classificou Juazeiro como terceira cidade mais violenta do país.
Segundo o coronel, a região Norte da Bahia conta atualmente com 1.716 policiais militares, que atuam em 19 municípios com população próxima a 1 milhão de habitantes. Ele destacou o esforço das tropas e classificou o efetivo como insuficiente para uma cobertura ideal, mas capaz de suprir as demandas atuais. “Formamos recentemente 88 novos policiais e temos mais 56 prontos para ingressar”, afirmou.
Ainda de acordo com o comandante, nove das 19 cidades sob responsabilidade do CPR-N estão há mais de 100 dias sem registrar homicídios. Teixeira mencionou esses dados ao comentar um ranking nacional que apontou que, das dez cidades mais violentas do Brasil, todas estão no Nordeste — e cinco delas na Bahia. O coronel questionou os critérios utilizados nesses levantamentos. “Deve ser alguém que acordou de mal com o Nordeste”, comentou, ao criticar a ausência de cidades das regiões Sul e Sudeste nos dados.
O comandante chamou atenção para os impactos dessas estatísticas na imagem da região e no setor turístico. “Esses dados não trazem apenas sensação de insegurança, mas também interferem na economia e no turismo, que está crescendo no Vale do São Francisco”, afirmou. Ele relatou a visita recente de turistas do Espírito Santo, interessados em entender a estrutura de segurança da região, e ressaltou a tranquilidade registrada em grandes eventos, como o São João de Juazeiro, que, segundo ele, ocorreu sem nenhuma ocorrência de violência.
Teixeira também citou outras ocasiões que não apresentaram intercorrências, como a visita do presidente da República, a permanência do governador por cinco dias na cidade e a realização de festas em municípios vizinhos como Casa Nova, Curaçá, Uauá e Sento Sé.
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