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O suspeito de estuprar uma mulher em um monte de oração no bairro Buritis, região Oeste de Belo Horizonte, pode ficar preso de 6 a 10 anos. Ele foi indiciado pela Polícia Civil de Minas Gerais pelo crime de estupro, após a conclusão do inquérito nesta terça-feira (7). A investigação indica que o homem se utilizou de uma bíblia para para enganar a vítima.
Segundo a PCMG, a vítima, uma mulher de 52 anos, é frequentadora assídua do monte de oração do Buritis há 15 anos, indo ao local cerca de três vezes por dia. Na data do crime, a mulher estava em uma parte mais baixa do monte e viu o suspeito com uma bíblia na mão, debaixo de uma árvore. A mulher achou estranha a atitude do investigado, que teria olhado para ela e virado a cabeça.
“Como ele estava com uma bíblia na mão, a vítima pensou que ele estava no local para orar. Ela inclusive estava em ligação telefônica com uma amiga e comentou isso com ela. Está confirmado que ele se utilizou da bíblia para cometer o crime, o que fez com que a vítima, mesmo sendo seguida, não desconfiasse”, afirma a delegada Larissa Mascotte, titular da Delegacia de Combate à Violência Sexual de Belo Horizonte.
A mulher seguiu até o topo do monte e fez uma ligação de vídeo para outra amiga, para que elas orassem em conjunto. Neste momento, diz a polícia, o suspeito agarrou a vítima por trás, rasgou as roupas dela e consumou o estupro, por via oral e conjunção carnal. O fato de a mulher estar em ligação de vídeo foi decisivo para que a polícia fosse acionada rapidamente.
“A todo momento ele a ameaçou de morte, dizendo que não era para ela reagir, que iria matá-la. Mas como ela estava em ligação com uma amiga, essa amiga ouviu tudo, inclusive quando a vítima gritou “polícia”. A amiga entendeu o recado e a polícia foi acionada, inclusive com apoio do helicóptero”, descreve a delegada.
Após a prisão em flagrante do homem, testemunhas foram ouvidas e as roupas da vítima passaram por perícia. Durante esses exames, o DNA do suspeito foi encontrado nas vestes da mulher.
Suspeito cumpria pena na data do crime
De acordo com a PCMG, o investigado, de 29 anos, tem diversas passagens pela polícia, pelos crimes de tráfico de drogas, roubo majorado, corrupção de menores, receptação e furto. No dia do crime, inclusive, o homem cumpria pena por esses crimes no regime semiaberto (quando o detento pode sair durante o dia para trabalhar e voltar para a prisão à noite). Ele está preso de forma preventiva e à disposição da justiça.
