
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), autorizou nesta quarta-feira (10) o ex-presidente Jair Bolsonaro a realizar um procedimento médico no próximo domingo (14), no Hospital DF Star, localizado em Brasília.
Liberação para o procedimento
Com a decisão, Bolsonaro, que se encontra em prisão domiciliar, poderá deixar sua residência, escoltado pela Polícia Penal, para se dirigir ao hospital. Após o procedimento, que será realizado na pele, o ex-presidente deverá apresentar um atestado de saúde dentro de um prazo de 48 horas.
“Defiro o deslocamento de Jair Messias Bolsonaro, mediante escolta policial a ser realizada pela Polícia Penal do Distrito Federal, para que o requerente possa realizar o procedimento médico requerido”, decidiu o ministro.
No dia 4 de agosto, Moraes decretou a prisão domiciliar do ex-presidente e impôs restrições às visitas à casa de Bolsonaro, que também é monitorado por tornozeleira eletrônica.
Motivo da repressão
A decisão foi originada após o ministro entender que Bolsonaro utilizou as redes sociais de seus filhos para contornar a proibição de acessar as redes, inclusive por meio de terceiros. As medidas cautelares foram determinadas no inquérito em que o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), filho do ex-presidente, é investigado por sua atuação junto ao governo do então presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, para promover retaliações contra o governo brasileiro e ministros do Supremo.
Em março deste ano, Eduardo pediu licença do mandato parlamentar e se mudou para os Estados Unidos, alegando perseguição política. Nesse contexto, o ex-presidente é investigado por ter enviado recursos, via Pix, para custear a estadia de seu filho no exterior.
Impasse jurídico de Bolsonaro
Bolsonaro também é réu na ação penal relacionada à trama golpista no Supremo, cujo julgamento deverá ser finalizado na próxima sexta-feira (12).