2 de setembro de 2025
Depois de ter problemas, Meta amplia segurança de chatbots para adolescentes
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Atenção: o texto a seguir aborda o tema de suicídio. Caso você ou alguém que conheça precise de apoio, busque ajuda especializada. O Centro de Valorização da Vida (CVV) está disponível 24 horas pelo telefone 188. Também é possível obter suporte por chat ou e-mail.

A Meta anunciou novas medidas de segurança para seus chatbots de inteligência artificial, restringindo conversas com adolescentes sobre assuntos sensíveis como suicídio, automutilação e transtornos alimentares.

A decisão foi tomada após críticas e uma investigação nos Estados Unidos, motivada por documentos internos vazados que apontaram interações inadequadas com jovens.

Chatbots vão levar jovens para especialistas

  • Segundo a empresa revelou exclusivamente ao TechCrunch, os chatbots passarão a redirecionar adolescentes a serviços especializados, em vez de interagir diretamente nesses casos.
  • Um porta-voz afirmou que os produtos já tinham proteções desde o lançamento, mas que novas barreiras foram adicionadas “como precaução extra”.
  • Entidades de proteção à infância, como a Fundação Molly Rose, criticaram a postura reativa da companhia.
  • “Testes de segurança devem ocorrer antes do lançamento, não depois que os danos já podem ter acontecido”, disse Andy Burrows, chefe da organização.
Meta promete blindar adolescentes de conversas perigosas com chatbots (Imagem: El editorial/Shutterstock)

Segurança extra para adolescentes

A Meta declarou que segue atualizando seus sistemas e que adolescentes já possuem contas diferenciadas no Facebook, Instagram e Messenger, com controles extras de privacidade. Em breve, pais e responsáveis poderão verificar com quais chatbots os jovens interagiram.

Essas mudanças refletem preocupações mais amplas sobre os riscos da IA para usuários vulneráveis. Recentemente, a OpenAI enfrentou um processo em que pais acusaram o ChatGPT de influenciar o suicídio de um adolescente.

Além disso, a Reuters revelou que ferramentas da Meta foram usadas para criar chatbots que imitavam celebridades, incluindo versões sexualizadas, levando à remoção de alguns deles.

Ao fundo, logo da Meta; à frente, logo da Meta AI em um smartphone
Sob pressão, Meta impõe novos limites aos seus chatbots de inteligência artificial (Imagem: Algi Febri Sugita/Shutterstock)

Com informações: Olhar Digital